Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Liberta-me e voarei para além do além do céu itinerante Perfumarei cirros e cumulonimbus coloridos e exuberantes Ostentarei na alma palavras fluindo desvairadas e refrescantes
Liberta-me das algemas destes silêncios prenhes e abundantes Para que a vida inteirinha, desate suas gargalhadas sempre vibrantes E a luz cativa aconchegue de vez requintados berros e afagos abrasantes
Liberta-me desta solidão tentadora apocalíptica e cativante para Que as memórias consagrem e se dispersem nas saudades possantes E nos vitrais do tempo cada verso se desnude em lágrimas mais fragrantes