Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Estou junto ao cais acostado às bermas da solidão Mais frenética, mais astuta, buliçosa e tão hipotética Deixo a maresia afagar minha prece sentida e poética
No meu cais as marés dormitam afogadas em ondas simétricas Na quilha dos silêncios ondulam sonhos e desejos aritméticos Prevalecerá no tempo todos aqueles sorrisos tão magnéticos
No meu cais o poente transforma-se num sedento beijo estético Alerta e vigilante o tempo simplesmente falece a jusante O cosmos chorará e amparará cada impercetível lágrima ofegante