Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Tanto mar ali à deriva…e cada onda castrada pelas Diabruras de uma carícia imensurável, amara além irrevogável Acumula-se no tempo um grávido desejo esdrúxulo e indevassável
Tanto mar ali à deriva… e o oceano confinado à abissal profundeza Dos lamentos embriagados, intoxicados e avidamente obcecados Acarinha e afoga-se em tantos perversos sussurros quase calcificados
Tanto mar à deriva…e a vida a navegar resoluta, poética e bonificada Tantas preces ávidas, abarrotadas numa fé imensamente reivindicada Tantas memórias fluindo na torrente da esperança fiel, zelosa e esterilizada