Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Nas asas da liberdade vadia a vida e uma prece efervescente Vicejante enamora-se da fé luminosa, deliciosa e mui delirante Envaidece a manhã mergulhada na invulnerabilidade do silêncio possante
Nas asas da liberdade o tempo sem lapsos ou tédios imensuráveis Catapulta aquele eco inóspito, letárgico e contenciosamente inexorável Deglute-o até este rechaçar toda a solidão embutida numa palavra tão irrefutável
Nas asas da liberdade a esperança brame e apascenta uma rima mais colorida Apura a mais sublime e insinuante emoção embalsamada nesta alegria comovida Deleita-se na exuberância e na perpetuidade da liberdade fecunda e descomedida