Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Ouço um silêncio vindo do sul e nele flutua minha Prece tranquilamente indiscutível, felina e intangível As Palavras desvairadas adentram este poente quase invencível
Do sul a maresia navega à bolina de um brisa fresca e irresistível O oceano vestido de ondas pacíficas amara além fiel é percetível Dos céus cai uma luminescência miudinha, picuinhas e insubstituível
Pigmentos de solidão mergulham na doce melancolia do tempo remível A eternidade pare milhões e triliões de horas indigentes e imprescindíveis Egoísta e temível cada eco infiltra-se no anonimato dos silêncios mais irreversíveis