Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Na mansidão da solidão esfregam-se elipsoidais silêncios Profanos, embriagados, gravitando na imponderabilidade Do tempo sequestrado no proscênio de uma hora atazanada
No travesseiro da noite encosta-se esta escuridão desgrenhada Toda ela uma miríade de (in)tranquilas preces ígneas e alucinadas Todas elas ajoelhadas no varandim das minhas solidões mais escancaradas
No plúmeo e notívago silêncio espreguiça-se um desejo tão vagabundo Deixa moribundo cada eco vadiando pela derme dos lamentos mais fecundos Atropela com docilidade aquele excelso e flamejante afago tão meditabundo