Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Fiz um rascunho da solidão e lá escrevinhei os meus Lamentos apaixonantes e absurdamente desassossegados Deambulei pela caridade dos silêncios mais desengonçados
Fiz-me à estrada e calcetei os passos de uma memória melindrada Deixei nas esquinas do mundo uma prece esdrúxula e tão requintada E em cada milionésima hora pastoreei minha fé fluidificante e refrescada
No horizonte paralelístico e desesperadamente apaixonado escondeu-se esta Imensa tristeza patinando no roda-tecto das emoções ígneas…quase teleguiadas E de súbito, sem subtilezas, a noite domesticou todas as palavras assim pressagiadas