Armando A. C. Garcia

Armando A. C. Garcia
Nasceu a 12 Novembro 1937 (São Paulo)
Comentários
Gostos

QUADRAS SOLTAS (Dezoito)

QUADRAS SOLTAS (Dezoito)

Fingindo que não me ama
Ela diz que não me quer
Mas quando vamos pra cama
Eu sou homem, ela é mulher !
---------------------------------
Deixei a vida me levar
Fui ao encontro da morte
Foi o que me fez pensar
Que pobre, nunca tem sorte !
---------------------------------
Projetei felicidade
Prós dias de minha vida
Ó! quanta contrariedade,
Quanta lágrima sentida
----------------------------------
É suplicando que peço
Que voltes ao meu coração
Já levei muitos tropeços.
Este, não quero levar não !
----------------------------------
Eu peço a Deus que não morra
O amor que tenho por ti
Pois se ele morrer, sei agora
Que eu, também, morro por ti
-----------------------------------
Na soma dos desiguais
Uma justiça capenga
Nas hostes dos tribunais
Não somos, mesmo iguais !
-----------------------------------
Muito riso, pouco siso
Chamado de carnaval
Há, é falta de juízo
Depravação animal !
----------------------------------
Tem coisas que a gente sente
Tem coisas que a gente vê
As da alma e do instinto
São coisas para quem crê
-----------------------------------
Espero que a árvore das letras
Não seque no meu jardim
Quero falar outras tretas
Que tenham princípio e fim !
-----------------------------------
O meu drama, é o teu drama
Pouco dinheiro, muita luta
Vivemos na mesma trama
Semelhante a prostituta !
----------------------------------
Como estava sem tempo
Não via o tempo passar
Agora, falta-me tempo
Pra outro tempo encontrar
----------------------------------
Pensei fazer uma trova
Sem saber o que diria
O meu joelho se dobra
Aos pés da virgem Maria
----------------------------------
A Virgem, Nossa Senhora,
Foi a mãe que mais sofreu
Mesmo sem ser pecadora
Seu filho na cruz morreu
----------------------------------
Louvado seja o que crê
Na palavra do Senhor
Cristão é o que tem Fé,
E ora a Deus com fervor
----------------------------------
Mal desponta a madrugada
O sabiá vem me saudar
Tomo banho, faço a barba
Ele, não pára de trinar

É nesta selva de pedra
Que ouço o sabiá cantar
Parece que a fauna não medra
Mas não pára de aumentar
--------------------------------
A biodiversidade
Até parece impossível
Mas creiam, nesta cidade
Aumentando, é incrível !
--------------------------------
Não queiras dar, certamente
Conselhos à minha vida
Se a tua, constantemente
Vive errante e destruída
-------------------------------

São Paulo, 10/06/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

Visite meu Blog:
brisadapoesia.blogspot.com