Na irrealidade do real
A vida ficou mais cara
O que fazer afinal
Se a inflação já dispara
Aumento na gasolina
Na conta d´água e luz
Aumenta a carnificina
- Só o salário reduz.
Estrangulada a economia
Vivemos em sobressaltos
E nesta triste agonia
Sofremos com os assaltos
Do meliante gatuno,
Aos que a lei, nos impõe
Nenhum deles é oportuno
E a nosso querer, se antepõe
Dos obscuros segredos
Às traves que delimitam
O contorno destes medos
Que a saúde debilitam
Angústias inamovíveis
Na existência duvidosa
De convergências possíveis
E ao destino perigosa
Não há razões mais claras
Pra temer a recessão
Deu sinal a *almenara
De estarmos na escuridão
Crescendo o sobressalto
Na real, irrealidade
Que tecem no Planalto
E denotam ambiguidade
Ressuscitada a inflação
É mapa que se apresenta
É grande a desilusão
No quadro da Presidenta
Acentuando a irrealidade
Do nítido, ao mais intenso
No mar da calamidade,
Temor do naufrago é imenso...
A voracidade aos bolsos
Deixando-os logo vazios
E sem que haja reembolso
Chega a dar-nos calafrios!
Preço da carne, impossível
Ao bolso do trabalhador
Pecaminoso, inadmissível
Num plantel que é o maior
Se me ouvísseis neste instante
Iríeis buscar o dinheiro
Que a razão se levante
E o retorne do estrangeiro
Eu sei que é utopia
Maneira de discorrer
Ponto de analogia,
Se seu destino é morrer !
Nenhum Governo se sustenta
Ao peso da iniquidade
Sempre a melhor ferramenta
É prover necessidade.
· São Paulo, 04/07/2015
Armando A. C. Garcia
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