Armando A. C. Garcia

Armando A. C. Garcia
Nasceu a 12 Novembro 1937 (São Paulo)
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Queimei os sonhos,

Queimei os sonhos,

Queimei os sonhados sonhos
Na minha vida de sonhos

E sem desejo de encontrá-los,

Eu; nem pensei procurá-los

Sonhos de amor, de saudade

Dos tempos da frivolidade

Sonhos d’esperança, perdidos

Num disfarce consentidos,

Sonhos de vida perdida,

Foi uma vida, sem vida

Inverno sem primavera.

Rocambolesca quimera,

As penas, do meu penar

Tu, m’as fizeste aceitar,

As mesmas que escolhestes

No fora, que tu me deste

Teria sido tão diferente,

Não fosse maldita serpente,

Que de ti, me separou,

E para longe me levou

Mágoas, só geram tristeza

E esta, nos deixa a certeza

Que nossa alma está morta

Quando o amor nos fech’a porta

Desamor, pranto profundo

Em qualquer parte do mundo

Sonhos cruéis que no fundo

Fruto de amor infecundo

Inverno sem primavera,

Sonho de falsa quimera

Sem praia e sem flores

Sem ternura e sem amores

Do corpo, o sonho desliga

A falsidade, e a fadiga

E faz a gente pensar,
Em ardentes febres amar

Ó ilusão que não cansa,

Do sonho, fazer mudança

Ao gosto da opinião

Que nutre nossa paixão.

Por defeito a natureza,

Sujeita nossa fraqueza

A variedade do sonho

Nunca real, eu suponho !

Porangaba, 15/08/2015(data da criação)

Armando A. C. Garcia

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