Confiro a luz que trazes
nos olhos
grávida de esperança
Abasteço a noite com o luzeiro
nocturno
iluminando-te até que
o rasto do teu ser
se extinga soturno
travesso de luz embebida
em lamparinas de prazer
incendiando as noites galopantes
passando errantes entre
as tendas anónimas onde
pernoitamos inebriantes
marchando no riso que
iluminará os faróis espelhando
nossos passos viandantes
Revelaste-me o perdão
num relampâgo de prazer
redundante
percorrendo as tempestades
brejeiras ornamentadas
numa delicia nocturna
quase asfixiante
Parar o tempo numa meta
vitoriosa e sem atenuantes
onde nos embrenhamos empolgantes
caçando todas as réstias de luz
dormitando ao colo
dos silêncios tão estonteantes
Frederico de Castro