Armando A. C. Garcia

Armando A. C. Garcia
Nasceu a 12 Novembro 1937 (São Paulo)
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Desabafos !

Desabafos !...

Denúncias, quantas fiz, estou cansado
Ninguém demonstra interesse ou civismo
Leituras exíguas, ninguém preocupado
Com a fome que campeia, sem altruísmo

Se forem poemas profanos, indecorosos
De Mil leituras será pouca a estimativa
O verso é pobre, se não for contencioso
-É lúgubre e rouco, qual barco à deriva

Se desfaz o alento, duvidoso e incerto
Sofremos mudos a inimiga violência
O medo esfria o ânimo, qual desconcerto
Como Seres oprimidos sem inteligência

Sociedade. É ora de despertar de vez
O salário miserável do trabalhador
Ignomínia de moral e honradez.
- Injustiça social, quem é o causador ?

Desigualdade, que faz vergonha sentir
Ao cidadão honesto e cumpridor
Que paga seu tributo no pão e no vestir
E no abdutor da miséria a carpir

Até quando, um país rico e soberano
Cheio de ouro e pedras preciosas
Submete seu povo em vil engano
Esperanças que não vêm, e viram prosas

Liberdade, onde está a tua aurora
Que na esfera humilde, não raia mais...
Liberdade! o que será de nós agora...
Ó pátria, amor.; o barco parte do cais.

Se de radiosas virtudes és fadada
Do teu chão jorra riqueza e fartura
Ferro, prata, ouro puro em tonelada
- Porque não dar a teu povo mais ventura?

Teu presidente, falou em tom jocoso
"-... Preciso tomar conta do rebanho,
senão as reses se perdem nestes 8.500 Km."
- Pascenta em solo nobre, vil rebanho

Pasmem, ante o espetáculo inédito
Teve um, para quem o odor dos cavalos
Suplantava o dos humanos, em seu edito ...
Surge outro, agora, que a seus vassalos

Chama de reses, ou até, pior às vezes
Quem sabe, se esparsas do rebanho
- Não lograrão melhora, os camponeses
E a classe média em todo o seu tamanho

Brilha a tela no pincel da fantasia
No teu manto ó Pátria acolhe meu clamor
Cobre com raios de sol e de alegria
Que surja em Ti o grande Libertador

Os grilhões da miséria e desventura
São o ergástulo mais ingente e impiedoso
A que pode ser jungida à criatura.
- Não basta o governo ser caridoso

Para o povo ter dignidade, o salário
Deve ser decente, ético e racional
Para não desvanecer o operário
E dar tranqüilidade à paz nacional !

Oh! vós lá de Brasília Despertai
sem medir o fausto luxo desmedido
É ora, em nome do povo acordai
Vosso salário é dele, povo abstraído.

O povo não mais confia na justiça
- Face à pena ter aplicação empírica
O que faz crescer em nós a grande liça
Gerada pela impunidade satírica

Benesses cedidas com dano à sociedade
Em prol do assassino e do ladrão
Caiu conceito da justiça - honestidade
Probidade, integridade e retidão

Há uma inversão de valores a inverter
Para que a auto estima do povo brasileiro
Não se deixe mais oprimir. E, subverter
o submundo ao trabalho rotineiro.

Para transformar esta sociedade
Em algo útil, saudável e aceitável
Para servir de orgulho e prosperidade
A futuras gerações, legado inabalável.

São Paulo, 07/02/2007
Armando A. C. Garcia
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