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Gaivota 3

de repente
senti apenas leveza
e
ela se fez gaivota

voou por sobre mim
envolvendo-me
TAO...
leve pluma

aquele sorrir
fluia
enquanto usufruia
sentindo
a causa
daquelas asas
surgidas como um
efeito perfeito

nascidas durante o ritmado roçar
almejado com prazer em pleno gozo

tudo voltou ao que era antes
aquém e além do tu

Tudo e nada
nUM

vago espaço
nomeado


agora
e
sempre
centrados
fora do
concreto absurdo nomeado mundo

feito fecundo
sentidos no corpo
auto-gerando
sem
eu

dentro pulsando
um todo gestando...
outroras sonhados
há tempos

senti-me
sendo ao vento
aninhada àquele peito

senti
alegria...
aconchego...
presentes
em meus íntimos sentidos


corpo poroso
vulcão lavando odores
molhados vapores
sublimados em
brancas nuvens

sem peso
sem penas
apenas desejo sentido

um só...

amor
com e por tudo

sem pressa
sem medo
sem presas
prá ancorar

cem horas
prá repousar
soltas ao Deus dará

soube dos céus
que amor flutua
por ondas
frequentes de AMAR

frequencias
que descem à terra
molhando o barro
com vida
revestida
de
matéria

risos nos olhos
alegria eterna
brotando dentro
com vida

alvejada
a
pele translúcida era clara

e
tudo luzia
e
eu...
era nela
UMA
CALMA

UNA

alma
apreciando
com gozo
um
mistério
revelado
quando
2
é
1
haverá
sempre
3