E se eu não souber mesmo nada sobre mim,
vou recolhendo os pedaços dos mundos de cada caminho.
Vou criando minhas vozes, meus olhares, meus passos.
Sussurrando para a vida nunca me deixar esquecer de viver.
Viajante do absurdo, pede alforria para o mundo. Autofagia em senso desesperado, fagocitou seu coração, na esperança de algo novo dentro de si. Silencia a maldição monocromática, se afogando em vícios inventados. A criação, último ato desesperado, ir por um caminho cego em busca de cores. Nesse jogo de perdas e sonhos, incorpora sua própria melancolia, força a face dolorida de fingida em alegria, para não ter que desabotoar suas vergonhas e cuspir sua tristeza para um mundo ocupado com outros absurdos.