Me mostre o que não posso ver sozinho
O que o medo escondeu de mim
Não que deve dar-me teu carinho
Somente me tire deste infinito fim
O que a dor não diz, é impossível saber
Pois a única força real é a que destrói
E isso, senti, ao momento de te conhecer
A bela realidade nua que corrói
De fato, a alma não tenho mais
Pois com teu ósculo de demônio
Toda minh'aura angelical se esvai
E sinto queimar a luxúria em sabor de hormônio
Sem dor nem sabor, o medo, de mim, tiraste
Formando em mente e corpo teu reflexo
Assim se dá, a antes vida morna, contraste
Mostrando te, no espelho de tua face, perplexo