Enfrentei milhentas paragens por esse mundo
Sorvi do tempo cada lembrança capitulando
Deixei o silêncio sem rédeas...cabriolando
Até que lá do alto do trapézio da minha solidão
Se dissipe o Outono passageiro...feliz cantarolando
Pousou a luz mansamente no peitoril da noite
Despindo cada olhar recíproco embebedando o
Cliché de saudades...matriz dos meus estampados sonhos
Inalando todos os perfumes que de ti instilo tão repimpados
Embebedou-se a noitinha num estilhaço de luz elegante
Emancipou-se logrando destes beijos uma vénia de desejos
Trajando meu casto silêncio tão mutilado...tão usurpado
Deixemos que o estafeta do amor entregue seu testemunho àqueles
Entes apaixonados, respirando um tenro e subtil momento de prazer
Agora e sempre mais e mais abnegado
Frederico de Castro