Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Despojei-me dos sonhos cifrados na noite polvilhada Por desejos matreiros, manufacturados com ímpeto Desenvencilhados com mestria até que este telepático Silêncio reitere um eco conivente e incinerado
Finalmente reencontro os cacos deixados no fanico Do tempo catando cada pedacinho de imarcescíveis tristezas Onde inventario nossas solidões ali cativas tão árduas e assíduas Calcinando o longílineo momento minguando numa trégua tão contigua
Finalmente o sossego preciso e corajoso, fitando o espectro da noite Expressiva, calculista calcorreando as vestes expectantes de um olhar Sumptuoso morada dos nossos seres instigados, imputados ao elegante Séquito de prazeres pousando entre nós...assim colmatados e agregantes
Sinto as mãos delicadas do tempo treparem no vão Das minhas ilusões fraternas tateando aquele silêncio que agora Paira em cada abraço mais musculado deixando um buquê de prantos Ofegantes e debilitados prestigiar um verso doloroso, urgente...desconcertado
Ah...servil existência que me intentas tão diligente alimentando A catástrofe das mais simbólicas e tamanhas saudades plangentes ao enferrujar A fardada madrugada que se entranha felina em nós para farejar e deglutir a Cambiante luz mortiça, tão requintada onde finalmente queremos nos realojar
Desfez-se o vento perfumando generosamente o silêncio ecoando qual sobremesa Celestial, depois de incinerar a intangível chama que lacrimeja arrestada por Uma oração quântica e reveladora onde blindamos esta fé tão irredutível feita confissão Extravagante, aclamada neste compromisso indissolúvel, apetecível...consumado