Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Mato todos os desejos invadindo a textura Deste silêncio, ousado e atrevido enquanto decifro A noite contorcendo-se na escuridão saturada e invisível Deslizando pelo ventre do tempo quase desfigurado...intangível
Recolho-me neste sonho privado advertindo a noite que agora Fenece em queda livre flagelando todas as luminescências que fluem Pela hemorrágica solidão tentadora e imutável deixando meus versos Entre quatro paredes alimentar a procissão deste silêncio tão permeável
Assim deslizam absolutos os dias marcando cada hora insaciável Que acontece na simbiose de tantos, tantos beijos irrefutáveis, qual lânguida Saudade tatuando este umbilical momento de amor quase inexplicável
Fragilizada a madrugada embebeda-se com novos perfumes lavrados nestes Versos diria adestráveis, pois o silêncio de vez apossou-se das nossas heréticas Deambulações frenéticas, qual arpejo de muitas,tantas, cumplicidades mais fanáticas