Canta a alma ao luar infinito,
Finito da vida em noite de versos,
Janela de sentimentos imersos,
Doce concerto de ares bendito.
Mira o céu em si o pesar delito,
Amando a brisa em tom disperso
Livre das ilusões converso,
Rimando as estrelas o veredito.
Dito ao universo em seu deserto
Que não se cale o pranto,
Ao encontrar o amor que revelo;
As desventuras em total desencanto,
Recanto da esperança desperto
Na luz onde guardou-se o canto.