Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Com pingos de mel adocicas o palato Dos meus silêncios Amamentas o imperativo desejo tão evidente Naquela gargalhada vadiando furtivamente
Escorres adocicante dos favos da minha solidão Onde ocorre a metamorfose gratificante de tantos Beijos em comunhão
Polinizas as pétalas das ilusões mais tonificantes Entreabrindo os estames dos meus desejos onde Fecundo os esporos ávidos...germinando refrescantes
Reproduzes a vida que acontece expressivamente Aguda, vorazmente...herança explicita qual meiose Das nossas células apaixonadamente expeditas
Quero-te assim satisfeita, ígnea, halófita desaguando Nas minhas maresias solícitas até que uma onda Prodigiosa nos cubra numa fusão de marés tão graciosas