Esta prosa distante da vida,
Ádito de um amor tão tímido,
Que de tanto feitiço,
De temor me espanto.
Vai a poesia em seus ensaios,
Permeando a ânsia dos sentidos,
Do seu amor não meu,
Nuances paixão inócua,
De mim que deseja amar.
Tétrica existência me inflama,
Neste folhetim sem tramas,
Que talvez em grata sorte,
Haja engano e me ame,
Me deixe adorar,
Prosaica sorte clamo,
Que em mim a solidão se acabe,
Morrendo em teu belo sorriso,
Sem hesitar aos teus braços,
O amor me encontre além do mar.
Sirlânio Jorge Dias Gomes