Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Mudas e entristecidas despedem-se As memórias mais subtis ao eclodir Um nobre silêncio expectante Quase...quase flagrante e a transgredir
A noite penetra em mim tenebrosa sempre Tão fulgurante sedando todas as fragrâncias Da escuridão escapulindo ardilosa e dilacerante Onde jaz aquele abraço fecundo...tão preponderante
Num baldio extenso e abandonado repousa toda A solidão desiludida...quase devorante Forjando uma lágrima oriunda deste tântrico E rendido verso cada vez mais insinuante
Instigante e sóbria a madrugada perdura agora Numa hora dócil e tão quântica, saciando réstias De uma ilusão esfomeada , exultante...romântica