Mar calmo ao longe flutua o veleiro Brisa leve sopra e o leva ao Brasil, No convés há um bom marinheiro Preso como todos nesse plano vil.
Decidiram juntos viajar para África E riquezas daquela terra trazerem, Pois seria coisa muito fácil, prática, Pegar negros e além-mar venderem.
No porão do navio vem amarrados, Seres humanos pra comercializar. O capitão e os marujos engajados, No negócio de escravos transportar.
Prisioneiros olham pelas escotilhas, Noite clara lua branca como marfim, Para trás ficaram esposas e filhas, Sua vida agora está mesmo é ruim.
Liberdade para com eles ficou omissa. A tripulação pouco está a se importar, Irão mandar depois rezar uma missa, Quando chegar ao Brasil vão festejar.
Gratos a Deus, Jesus, Espírito Santo, Pela boa caça e riqueza que ganharem, Pela venda dos escravos, é bom tanto De dinheiro pra entre eles separarem.
Segue a caravela pelo mar indomável, Céu de lua pálida, a tristeza a aflorar... Mar imenso, salgada água interminável: São as lágrimas do povo negro a chorar!
Parcicipação de Nick no 23º POETIZANDO E ENCANTANDO organizado pela Profª Lourdes Duarte, do excelente blog Filosofando na Vida - 2018