Vá minh' alma,
Pegue esta pena,
Traduza-me,
Sem pressa em versos,
Me revele nos rascunhos,
Desta rude forma cataclísmica.
Venha minha amiga,
Salve-me de mim,
Não deixai que eu me afogue,
Nos rios caudalosos de minhas lágrimas,
Há tanto vertidas em silêncio,
No labor desta vida contenciosa.
Acalentai em seus braços celestes,
Esta criança frágil,
Maculada nos rastros do mundo,
Prenúncio da morte,
De um destino invisível.