Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
O rosto em lágrimas molhado de prantos deixa à Deriva um silêncio quase bravio tecendo a esmigalhada Solidão que dormita esguia e elástica entre os ecos de um Lamento disperso perscrutando todo suspiro mais sedento
No turbilhão das memórias mora uma saudade corrompida Embebedando cada lauta hora mais hispida aninhando os fardos Que carrego aos ombros da vida definhando quase coagida
Tatuo cada verso com palavras sempre em sintonia Desperto aquela rima que antes inibida agora enaltecida Pela fé grita, grita, grita, urdindo uma oração bem ressarcida
A noite mordisca impetuosamente a escuridão tão frágil Tão apetecida degustando cada beijo que hiberna em nós depois Enternecido aquietando toda lágrima jazendo letal na face do Tempo à tanto tempo penando esquecido e fatal