Ó, lua cheia, tão bela e cálida,
Que testemunhas o meu martírio...
Guia-me com tua face pálida,
Envolva-me em teu louco delírio.
Devolva-me meu amor perdido,
Que zarpou para não mais regressar...
Acolhe este coração sangrado, sofrido,
Que suspira, por esta paixão a esperar.
Ó, lua, com teu brilho de esmero,
Vai, e traz de volta à minha querência,
Não tarda, que o tempo é efêmero.
Saudade atroz, sentimento sincero,
De lágrimas é feita a essência,
Deste amor crucial ao qual venero.
- Cedric Constance