Mas olha o que está
à frente
ou aqui atrás.
Vê o que lá está e que veio,
veio de uma origem,
de onde se puxam as veias,
veias retesadas, a retinir,
em paralelo, ao comprido.
As guitarras já lá estavam,
já as tinham ouvido,
já as tinham tocado
como quem se enfia na toca.
Os acorrentados,
nas correntes de ar,
portas e janelas abertas,
saltam das dobradiças,
e, contra nós, aos pedaços
de maçã
podre
fermentada num licor
doce
aos golinhos.
E depois cantamos,
acompanhamos a cigarra,
dedilhamos as veias,
rearranjamos a guitarra.
Escrito a 30/03/2017