Morto o dia não entende que findara Cai teimoso voando atrás do fuso Fugindo das sombras afiadas no lusco-fusco Confuso flanando no enlevo veloz a oeste Vendo adiadas as suas findadas horas
Dá conta de si mesmo somente Onde nas colinas do ocidente os vigilantes Fazem soar as justas pancadas E o universo disperso das farfalhas Faz com que o dia quedo ainda torto Se reinvente nos quadrantes do mundo Mudando a forma e o calendário
Eis que até os sábios cerram os olhos e se calam Ante as atrevidas impertinências do período Desalmado da luz que se esvai
é quando nada mais se ouve nem se sabe Em qual vasilha este ciclo caberá Se dentro apenas do invólucro da terra Ou fora do amanhã que se distrai