Escrevo porque não tenho nada para dizer. Escrevo porque preciso. Não tenho mensagens nem respostas. Não faz sentido mesmo. E sim, são coisas 'esquisitas' porque eu não sei fazer outra coisa.
Nestas mãos enfezadas de unhas pintadas o cheiro a óleo enlouquece e adormece. Oleiro enlameado sem talento, levadas para o chão os perfumes, a voz emudece e o silêncio sagrado sangra em sossego.
Ensopados os tecidos e os pedaços, o perfume penetrante e pungente. Gente que não quer mais abraços braços que não querem mais gente.
A mente louca, alterada e inalados os fumos perfumados dos óleos. Sem sentimento nem desejo, derramados amados antes e agora arrumados para o chão, ensopados e vítreos.