- para o Ildo... uma voz brutal e imensa
Foi-se a voz e depois doendo,
A solidão desembrulhou seus lamentos
Sempre dilacerados...em reclusão
Despenteio meu lirismo num
Verso saudoso, apaixonado
Deixando encabulada a noite
Que além vagueia triste e exonerada
Enferrujada a memória repinta a saudade
Áspera e vibrante, deixando na vitrine do
Tempo nossas lembranças tão esmeradas
Olhei pelas pupilas da solidão e lá encontrei
Essa voz imensa dormitando num eco desaforado
Dragando aquele sonho aconchegado a esta morna
Renascida, divagando pelo silêncio que além paira deteriorado
FC
*(do krioulo de Cabo Verde - Coisas do coração)