Armando A. C. Garcia

Armando A. C. Garcia
Nasceu a 12 Novembro 1937 (São Paulo)
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Tremenda Injustiça

Tremenda Injustiça


Senhores Deputados, Senhores Senadores
Ouçam do nosso povo os seus clamores
Chega de violência e impunidade
A ditadura, já nos dá saudade


Sendo democrata, devo admitir
Que este governo só faz consentir
Nos atos cruéis, tremenda injustiça
Que não pune a valer, quem pisa na liça.


Superior a cem anos, chega a ser a pena
Que a justiça absurdamente condena
E essa mesma justiça, dá liberdade
Antes de cumprir um décimo da metade !


Cansado o povo, não aguenta mais
O governo mouco, não ouve seus ais
O criminoso, em tudo é atendido
Parece até, que o povo é preterido.


Um rastro de sangue, amargura e dor
Trajetória infame, cruel desamor
Sofrimento atroz, violenta tortura
Impõem às vítimas a sepultura


A pena de morte, é por eles praticada
Sua integridade, não pode ser violada.
Somos reféns em nosso próprio lar
Na rua ou em casa, em qualquer lugar


Têm poder de fogo, pronto a matar.
A pobre justiça, sem força a capengar
Deixa nosso povo à mercê do bandido
Que apesar do seu crime, não é punido!


A Lei das Execuções Penais, precisa mudar
A sentença condena. Ela, manda soltar...
Afinal o veredicto, não tem valor
Deveria ser irrevogável, como do *exator


A decisão aplicada a quem transgride,
Não deveria malsinar o que decide.
Vemos a justiça deixar impune
Descumprir seu dever, é azedume.


Jamais, poderia conceder perdão
Sem cumprir totalmente a punição
Isto é prisma de governo decadente
Que não sabe governar a sua gente


Ou então, tem receio que a lei recaia
Sobre si. Já que hoje na tocaia
Vale tudo pra eles e nada acontece
Na pobreza, que honra abstrata tece.


No mesmo patamar, eu sinto dor
Deste povo ordeiro, trabalhador
Sem a proteção devida do estado
Vira presa fácil do celerado


Que, certo do reino da impunidade
Além de roubar, mata sem piedade
A vítima é prostrada e amordaçada
Em sua própria casa, ou na calçada


Nossa justiça, não está do seu lado.
Ampara o ladrão, o vil do safado
Que rouba e mata, sem arrependimento
Comete crime atroz, sem constrangimento


Em pouco tempo ganha a liberdade
Assim, pode roubar e matar à vontade
O próprio governo ainda lhe dá propina
Auxílio reclusão de acerca de duas quina


Pra quê, trabalhar, pra quê, cogitar
Se do ato fatídico, ele pode alcançar
Em poucos segundos, um mês a laborar
E a lei, conscientemente o está a afagar


No entra e sai, da caminhada percorrida
Na senda do crime está sempre envolvida
Sua vida. Devassada de crueldade
De cativeiro em cativeiro, só maldade.


Latrocínios, estupros e roubos sem par
Estrugem sua capivara de arrepiar
Houvesse um castigo verdadeiro
Apenas um, constaria no roteiro.


Mas; nesse prende e solta da justiça
Ninguém cumpre sua pena inteiriça
Não sei se culpar o sistema que o solta
Por saber, que logo ele, está de volta


Ou se culpo o Juiz que o solta sem aplicar
Uma medida de segurança impar
Capaz de torná-lo menos feroz
Fazê-lo ao menos, semelhante a nós.


Da menor idade


Tremenda aberração essa tal de idade
Boa parte da desajustada mocidade
Tem capacidade para votar. Se matar...
É infrator. Seu crime não vai pagar.


Pode traficar, estuprar e roubar
Sua conduta, a lei não a vai parar.
Se adolescência é a idade das ilusões
Sabe que não vai enfrentar os grilhões


Porque a lei o protege em demasia
Assim, tudo pra ele é fantasia
As atrocidades, não constarão
Do prontuário ao atingir a maior idade.


Têm carta branca para todos os ilícitos
**Brumosamente eles são explícitos
Por isso os facínoras nada temem
A desgraça atinge as vítimas que gemem


Vão semeando o pânico e o terror
E quando atingem a idade maior
'stão Diplomados na criminalidade
Desta forma fazem seu affaire sem piedade


Verdadeiros monstros, sanguinários
Matando de crianças até octogenários
Armados até os dentes, tal terroristas
Armam ciladas às escuras, ou às vistas.


Bizarro comportamento de conduta
Estranho modo de vida, sem labuta.
Que dirão do seu trabalho à família
O discurso de uma púnica homilia.


Nada os detém, face à tal impunidade
Reinante no seio da justiça. Ilogicidade
Por isso. Célere, agride e transgride,
Com brusca rudeza, impõe sua lide.


O povo, não aguenta mais a situação
Ouvimos no rádio, vemos na televisão
Protestos de famílias que são atingidas
Que faz o Congresso!... pra salvar suas vidas?!


Mantêm o silêncio, com medo, talvez
Que a lei que surgir, apeie seus pés
Mas esta situação, terá de acabar
Deste jeito que está, não pode ficar.


Acordem Senhores, faça-se a justiça
A que hoje temos, é singela premissa
E sem os excessos da tal trabalhista
Que aceita o pedido constante da lista


Não tenha receio de falar a verdade
Aberta a cortina, surge claridade
O pensamento transporta a semente
Que cairá em terra fértil, certamente.


Ouçam a voz do povo * Cobrador de impostos
Ela é a voz de Deus. ** vagamente


Porangaba, 30/03/2013
Armando A. C. Garcia


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