No solfejo da manhã deixo um bemol escalando
A pauta da minha solidão tão lesada até que, na
Harmonia das minhas memórias eu sinta a dissonância de
Cada tempo sustenido na clave dos sonhos compungidos
Na tablatura da noite soa um alaúde apaixonado
Masterizando todos os sons orquestrados entre os
Trastes desta solidão afinada e em reclusão
Qual uníssono lamento fremindo, fremindo de feição
Com seus ritmos improvisados batuca
A madrugada num timbre esbelto e irisado
Colapsando o silêncio ternamente ousado
De staccato em staccato a madrugada cantarola uma
Ilusão além musicada com esmero e paixão, deixando
Uma colcheia de silêncios a reverberar de emoção
Frederico de Castro