Terna e tão grácil desponta a manhã agitando os
Látegos ventos que açoitam aqueles entrelaçados afagos
Cingidos ao colo desta metamorfose que em nós eclode e em
Tantos, tantos carinhos num feliz sorriso gravitam e depois, implode
Terna e paciente a noite confunde-se entre os dedos
Da solidão que se esfrega no lajedo do tempo em reclusão
Petrificando a luz divagando intima pela corte dos desejos
Coligados na nossa repintada memória sempre em colisão
Espreguiça-se a solidão colorindo suas ternas fragrâncias
Dissimuladas num matinal momento de vida coagulada
Pincelando cada verso embebedado, delírando tão avassalado
Da nossa existência a saudade desenha um rascunho de sonhos
Temporários emprestando às carícias enfarpeladas o proficiente
Sonho matizado na universal grandeza da fé tão bem veiculada
Frederico de Castro