Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Na frota do tempo circula a vida Sedenta e alucinada, desabotoando Devagarinho a alegria suprema e fascinada
Pela noite dentro sequestro tantos acústicos Silêncios que uma brisa apaixonada depois Disseminará feliz e inanimada
A alma nua, em transe, soletra uma palavra Quase indecifrável até se alimentar de esparsos desejos Muito pretendidos…tão dissuadidos, sempre aplaudidos
Como muita prosopopeia o tempo discursa por Este silêncio caído ali, quase inanimado, deixando Perplexo o tanger de um eco mais legitimado
Nas noites cálidas e brandas flutua um luar viril Beijando cada gomo de escuridão tão esfaimada Para que a noite nos acoite intacta e bem escorada
Fenece a arfar uma saudade frívola e intimada Deixa a memória a decímetros de uma ilusão confinada À lembrança que além se queda pasma e chacinada