Tenho o silêncio cativo nestas sombras
Além suspensas num gomo de luz refractado
Semeiam na escuridão tantas rectas acidentalmente
Geométricas…resplandecentemente simétricas
Quão enorme se tornou esta noite deixando no
Edifício das solidões a saudade colérica tão extenuada
Alimento para bárbaros silêncios noctívagos desidratarem
A memória já de si histérica, sulfúrica e atarantada
Mordiscadas ficaram as horas mais desorientadas
Porque decerto lastimam todas as partidas, todas as
Ausências dolorosas e inexoravelmente acicatadas
A manhã renasce altiva e deambula deslumbrante pelas
Planícies da vida arquitectando mil ilusões apaixonadas
Abrilhantando as palavras inebriantes, possessas…suplantadas
Frederico de Castro