Com astucia a tristeza escancara um
Olhar ainda que meigo e abalado
Tão inocente, tão encurralado
No olhar repousa um algoz silêncio calado
Subtilmente atribulado pela solidão
Transladada numa lágrima quase mutilada
Sem tempo para brincar a inocência escolta
Cada lamento empolado, sempre desconsolado
Tatuando na memória um sonho jamais desvelado
Frederico de Castro