O meu olhar no seu olhar,
Proba invenção do desejo,
Reinventando mundos afeitos,
Ócios da noite entre abraços,
No doce regaço da paixão,
Deslizando o amor afogueado.
O teu colo agasalho da minha sede,
Adora Afrodite em seus lábios,
Adornada em suas lúbricas súplicas,
Gotejando no corpo o perfume do prazer,
Impiedoso feitiço corpos acesos,
Queimando ao sabor da intimidade.
Abre-se a flor num ato sublime,
Impelindo pétalas suaves de primavera,
Estação poética que me arrebata,
Coroando-me o rei sol,
Inflamado de desejo ao diáfano toque,
Notória lisonja em deleites concupiscíveis.