Ainda perplexo o tempo destila seu lamento
Ao longo da tristeza impaciente, sorrateiramente
Empoleirada na destilaria dos silêncios tão endividados
Escrevo para que as palavras não fiquem caladas
Perante o crepúsculo lírico que se adivinha obcecado
Ou para que as réstias deste sol jamais feneçam intimidadas
Frederico de Castro