Na penumbra da minha solidão repousa
Um sonho quase encurralado
Fica de vigia durante a noite que se
Entranha pelas frestas deste silêncio dissimulado
Dentro do intimidante olhar perscruto a noite
Que se ausenta ao sabor de uma onda estimulada
Deixo todas as tenras brisas fluir na imutável
Bebedeira de palavras poéticas e bem arquitectadas
A memória ficou inalterável, tão avassalada
Rendida a tanta saudade que trepida arrojada
Até desatar os nós a cada caricia ali estatelada
Jorra do silêncio um mar de lamentos vigorosos
Despertam na maresia que ficou amordaçada
A uma réstia de emoções saborosas e aduladas
Frederico de Castro