O amor é um jardim de flores infinitas,
Repleto de cores, aromas e formas,
Beijando o tempo com suavidade,
Sem se importar com os vendavais,
A impelir as pétalas no solo d'alma,
Casta esperança da perenidade.
Há um momento de respirar,
Ganhar fôlego em meio a selvageria,
Paragens de estranhas emoções,
Aflição de momentos angustiantes,
Gritando para que desista de ser feliz,
Impulso da humanidade ferida.
O amor é a forma do que é contido,
múlti plural congruência presumida,
Ao ser que o estimula em teu seio,
Metrificando a própria existência,
Casuística liberdade consentida,
Ao coração que se escraviza.
Há tantas vozes traduzindo o amor,
Sem reconhê-lo na casta simplicidade,
Delirando-se em impressões vazias,
Enquanto se perdem em ilusões,
Velando o caos em lágrimas entediadas,
Cheios de si definhando no nada.