Aqui em cima desta pedra,
Posso ver a copa das árvores feito um véu,
Vê-las se misturarem com as nuvens,
Magnífica pureza sob um olhar singular,
Entre os perigos guardados no silêncio,
Perfumado pelas flores desconhecidas.
Virtuosa beleza aflora entre as folhas,
Gratidão perene das criaturas,
Entonando seus mantras extasiantes,
Adorando a vida em seus pormenores,
Em cada canto da selvagem fortaleza,
Riqueza de números infinitos.
Uma imensidão de cores,
Colorindo o horizonte junto ao sol,
Prateando a terra a luz do luar,
Cintilando os tesouros da terra,
Primitivo tabernáculo de sabedoria,
Esperando que o homem o redescubra.
Sirlânio Jorge Dias Gomes