No silêncio intimo da noite
Converge para a alcova da solidão
A luz que respinga seus últimos raios
De sol acalentados com tanta emoção
Respiro os derradeiros momentos de
Ilusão com uma intuição quase excitada
Saboreio cada brisa metamorfoseada
Por palavras e caricias tão abençoadas
À meia-noite em ponto o silêncio castra
Uma hora que mergulha na escuridão funesta
Repleta de lamentos e memórias quase indigestas
Escapa pela maresia entristecida uma fiada de lágrimas
Alimentando cada onda que navega entorpecida, até
Embebedar a noite para gáudio desta rima bem guarnecida
Frederico de Castro