Há nos teus olhos de oiro um tal fulgor E no teu riso tanta claridade, Que o lembrar-me de ti é ter saudade Duma roseira brava toda em flor.
Tuas mãos foram feitas para a dor, Para os gestos de doçura e piedade; E os teus beijos de sonho e de ansiedade São como a alma a arder do próprio amor!
Nasci envolta em trajes de mendiga; E, ao dares-me o teu amor de maravilha, Deste-me o manto de oiro de rainha!
Tua irmã... teu amor... e tua amiga... E também – toda em flor – a tua filha, Minha roseira brava que é só minha!...