Florbela Espanca

Florbela Espanca
Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
Simbolismo
Nasceu a 08 Dezembro 1894 (Vila Viçosa)
Morreu em 08 Dezembro 1930 (Matosinhos)
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Blasfêmia

Cala-te... Escuta... Não me digas nada...
Cai a noite nos longes donde vim...
Toda eu sou alma e amor! Sou um jardim!
Um pátio alucinante de Granada!

Dos meus cílios, a sombra enluarada,
Quando os teus olhos descem sobre mim,
Traça trêmulas hastes de jasmim
Na palidez da face extasiada!

Sou no teu rosto a luz que o alumia...
Sou a expressão das tuas mãos de raça...
E os beijos que me dás já foram meus...

Em ti sou glória, altura e poesia!
E vejo-me (Oh, milagre cheio de graça!)
Dentro de ti, em ti, igual a Deus!...