andamos pelo mundo experimentando a morte dos brancos cabelos das palavras atravessamos a vida com o nome do medo e o consolo dalgum vinho que nos sustém a urgência de escrever não se sabe para quem
o fogo a seiva das plantas eivada de astros a vida policopiada e distribuída assim através da língua... gratuitamente o amargo sabor deste país contaminado as manchas de tinta na boca ferida dos tigres de papel
enquanto durmo à velocidade dos pipelines esboço cromos para uma colecção de sonhos lunares e ao acordar... a incoerente cidade odeia quem deveria amar
o tempo escoa-se na música silente deste mar ah meu amigo... como invejo essa tarde de fogo em que apetecia morrer e voltar