Ela desloca o corpo ao alto, esse perfeito
campo
das palavras
As carícias nos ombros, nos seios ressoam
na linguagem
As densas coxas altas ostentam o suor
Lança as suas palmas brancas sobre as pernas
Sim Contra o seu ventre contra os seus dentes
contra o musgo, o centro
opaco e negro, vermelho e negro
A língua trabalha as suas cores, penetra
o sexo duro e aberto
E bebe a terra líquida, boca e mãos,
e alta desce aos pés, o sopro cálido
ascende até ao sexo, crispando as palmas brancas
abrindo
a fenda onde as palavras ferem
a fúria verde da sua língua salva
ela lança ela penetra ela levanta-se
branca no espasmo branca no espaço branco
como ela se levanta e arde branca
branca
coluna de silêncio, palmas, boca, espáduas
esplendor da água compacta e alta
horizontal linguagem