“Sim, depois de tanto tempo volto a ti Sinto-me exausta e sou mulher e te amo Dentro de mim há frutos, há aves, há tempestades E apenas em ti há espaço para as consolações.
“Sim, meus seios vazios me mortificam — e nas noites Eles têm ânsias de semente que sente germinar seu broto Ah, meu amado! é sobre ti que eu me debruço E é como se me debruçasse sobre o infinito!
“Pesa-me, no entanto, o medo de que me tenhas esquecido Ai de mim! que farei sem o meu homem, sem o meu esposo Que rios não me levarão de esterilidade e de tristeza?
“Mulher, para onde caminharei senão para a sombra Se tu, oh meu companheiro, não me fecundares E não esparzires do teu grão a terra pálida dos lírios?...”