Cantai, sinos, sinos Cantai pelo ar Que tão puros, nunca Mais ireis cantar Cantai leves, leves E logo vibrantes Cantai aos amantes E aos que vão amar.
Levai vossos cantos Às ondas do mar E saudai as aves Que vêm de arribar Em bandos, em bandos Sozinhas, do além Oh, aves! ó sinos Arribai também!
Sinos! dóceis, doces Almas de sineiros Brancos peregrinos Do céu, companheiros Indeléveis! rindo Rindo sobre as águas Do rio fugindo... Consolai-me as mágoas!
Consolai-me as mágoas Que não passam mais Minhas pobres mágoas De quem não tem paz. Ter paz… tenho tudo De bom e de bem... Respondei-me, sinos: A morte já vem?