Espinhos, vidros rotos, enfermidades, pranto assediam dia e noite o mel dos felizes e não serve a torre, nem a viagem nem os muros: a desventura atravessa a paz dos adormecidos,
a dor sobe e desce e acerca suas colheres e não há homem sem este movimento, não há natalício, não há teto nem cercado: há que tomar em conta este atributo.
E no amor não valem tampouco olhos fechados, profundos leitos longe do pestilente ferido, ou do que passo a passo conquista sua bandeira.
Porque a vida pega como cólera ou rio e abre um túnel sangrento por onde nos vigiam os olhos de uma imensa família de dores.