Talvez o amor restitui um cristal quebrantado no fundo
do ser, um sal espargido e perdido
e aparece entre sangue e silêncio como a criatura
o poder que não impera senão dentro do gozo e da alma
e assim neste equilíbrio poderia fundar uma abelha
ou encerrar as conquistas de todos os tempos em uma papoula,
porque assim de infinito é não amar e esperar à beira de um rio redondo
e assim são transmutados os vínculos no mínimo reino recém-descoberto.